Foto: Geraldo Bubniak/Fotoarena/ |
O Brasil perdeu o senso do
ridículo. A vergonha e o vexame passaram de todos os limites. É o absoluto
retrato da desordem sem progresso daqui. Definitivamente esse não é o país do
futebol. Precisa-se urgentemente colocar as coisas em seus devidos lugares. O
ocorrido entre as torcidas de Atlético Paranaense e Vasco no jogo do
campeonato brasileiro foi criminoso.
Última rodada e um dos mais
populares times do Brasil, o Vasco estava sendo rebaixado com a derrota. A
transmissão é interrompida por uma briga. A sensação era de que em poucos
minutos tudo acabaria. A polícia logo sanaria a situação. Eis a questão: A
polícia NÃO estava em um estádio de futebol. O ministério público e a polícia
militar de Santa Catarina decidiram que o evento é particular e assim sendo, a
segurança deve ser particular.
Quando o narrador da partida
começou a explicar que não haveria polícia, um misto de agonia e choque tomou
conta de qualquer telespectador. O momento mais absurdo, foi quando um grupo
socava, chutava a cabeça de um homem já desacordado, com a boca cheia de sangue.
Nem mesmo a transmissão continuou. Eram cenas incapazes de ir ao ar em uma
tarde de domingo. Uma tarde de futebol, virou selvageria e terrorismo.
É claro que os homens que se
envolveram na confusão, são os responsáveis pelo ato e precisam urgentemente
ser identificados, presos e por lá ficar um bom tempo. O que sabemos que não
vai acontecer. Nesse país se preocupam com o estádio padrão FIFA. Já a
segurança, o transporte, a saúde… Para que né? É o momento de ruptura absoluta.
De uma vez por todas, onde bandidos de todas as esferas, devem estar na cadeia.
Aqui não há mais espaço para tanta canalhice. Acontece que em um estádio de futebol, onde são recorrentes essas cenas, é dever da segurança pública zelar pelo bem estar de qualquer um que se dirija ao estádio.
Uma corda. Um barbante. Isso separava os dois torcedores. Não é brincadeira, não parece sério. Mas foi. Em
determinado momento, dirigentes foram para o meio de campo e repetiram lá o que
ocorria na arquibancada. Os paranaenses diziam que queriam jogo, os cariocas
não. Quem queria jogo naquele momento, é sádico. O futebol que vá para o quinto
dos infernos. Não é o momento de pensar em esporte, sim na vida, no respeito.
Alguns jornalistas- que tanto me
envergonham- urravam: “Esse é o país do futebol. O mundo está olhando para nós”.
Algum brasileiro está ligando que tipo de adjetivo temos perante aos outros?
Quem que está afirmando que o esporte é mais importante do que qualquer coisa?
NÃO! Já está mais do que sepultado. Não estamos preocupados com Copa Fifa,
tampouco com qualquer outro tipo de evento. Que isso nunca mais ocorra.
Crianças, senhores, famílias
estavam lá. Estamos falando de um estádio de futebol. Ficou claro, porém, que o
ocorrido naquelas arquibancadas, retrata nossa realidade. De brutalidade,
absurdos, violência mais do que gratuita, falta de planejamento e em primeiro
lugar, segurança pública. Nossas autoridades mais do que nunca devem se
pronunciar. Os órgãos competentes, mais do que nunca, devem ter uma intensiva investida de
educação e bom senso aos seres humanos. Por fim, o esporte ficou em último plano. A disputa do melhor e pior, classificado ou rebaixado. Tudo, um jogo. Que diferença fará efetivamente isso na vida daqueles animais que estava se batendo? Nada mais propício para encerrar esse
artigo, do que parafrasear o incrível Renato Russo. “Que país é esse? É A PORRA
DO BRASIL”. Sem mais!
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Transmissão da TV Bandeirantes foi interrompida e flagrou a pancadaria
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