quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Bolsonaro: Chuva de respeito, não de glitter.



Deputado Federal Jair Bolsonaro em mais um episódio com a causa GLS. (Foto: Metro 1).


Aos que menos interessam, os gays e simpatizantes, a batalha travada contra o deputado federal, Jair Bolsonaro (PP) ganhou mais um capítulo. Ao desembarcar em terras gaúchas, o deputado foi abordado por manifestantes das causas GLS que, em ato de protesto um tanto quanto duvidoso, jogaram uma chuva de glitter ou a famosa purpurina sob o Bolsonaro.

Como toda a história, o lamentável episódio tem vários lados. A problemática em questão é:  Por que os gays foram até o aeroporto para tal atitude com um senhor que não merece o menor destaque. Ao protestar dessa maneira, um palanque gratuito foi erguido para que o próprio estivesse como vítima em diversos meios noticiosos. Valeu até um artigo, este.

Jair Bolsonaro é notoriamente um deputado conservador, que vai ao contrário do que qualquer brasileiro que prega pela igualdade, respeito e liberdade independente de gênero, raça, religião prega. É relativo taxá-lo de homofóbico, mesmo que não faltem indícios, mas de fato, a excelência, ao meu ver, não poderia ter tais posturas tão segregativas com a causa gay, ocupando um poder público como o qual ocupa.

Essa guerra travada entre a tradicional família brasileira, como venho falando em artigos (Leia Mais aqui) é desproporcional. A população gay, que tem simpatizantes - e muitos- não vive uma batalha igual com os preconceituosos. Nenhum deputado que levanta bandeira da diversidade vai ao ataque contra os direitos alheios. Em todos os âmbitos, os que representam em esfera pública tais pessoas, apenas lutam para que outros- e evidentes- direitos sejam garantidos. Homofobia deve ser crime para já. Não há mais o que se discutir ou esperar.  Hoje, é muito problemático para algumas pessoas entender que os direitos GLS são direitos e não favores, mas já foi assim antes. O apartheid está aí para quem quiser se lembrar do absurdo que fizeram com os negros. Um dia, vamos olhar para trás e haveremos de pensar o que foi feito com a população GLS.

Essa batalha deve acabar. Mas não vai ser com chuva de ódio, intolerância, desrespeito ou de gliter. Será com muita compaixão, respeito e tolerância com o outro, independente de como ele seja, se porte ou passe a se portar. A individualidade, desejos e personalidades não devem ser reprimidos pelo preconceito ou pressão social. Meus amigos gaúchos tem o meu respeito pelo protesto, porém, que não precisemos mais ter que tomar atos como este. É chegada a hora de entender, de uma vez por todas, que somos todos iguais. E precisamos de representantes na política partidária que entendam a urgência de apoiar a causa GLS, no que diz respeito à inclusão. Digo mais, chuva não é o suficiente: Precisamos de uma tempestade de respeito- e um pouco de glitter (para quem quiser). 

Leia Mais: Babilônia e a hipócrita "família brasileira"
                     Voto Dilma porque a verdadeira mudança perdeu no primeiro turno.
                     Para sempre, Nelson Mandela
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